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Haiti/eleições presidenciais

Campanha do 2° turno começa com promessa de combate a fraudes

O segundo turno das eleições presidenciais e legislativas no Haiti começa nesta quinta-feira. Apesar do pouco tempo até a votação, programada para 20 de março, o Conselho Eleitoral provisório garante que medidas importantes serão tomadas para evitar problemas como os registrados no primeiro turno, marcado por irregularidades e muita confusão.  

A ex-primeira dama Mirlande Manigat (à esq.) disputa o 2° turno das presidenciais contra Michel Martelly.
A ex-primeira dama Mirlande Manigat (à esq.) disputa o 2° turno das presidenciais contra Michel Martelly. Reuters
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O primeiro turno da eleição, realizado em 28 de novembro, foi marcado por denúncias de fraudes que atrasaram a publicação dos resultados e a realização do segundo turno. O presidente do Conselho Eleitoral provisório, Gaillot Dorsinvil, garante que adotará medidas para evitar irregularidades e pediu aos candidatos e aos partidos para respeitar as regras e os concorrentes.

“Vivemos um momento difícil e o país espera um gesto de nobreza, de soberania. Nós temos que projetar uma outra imagem de nós mesmos e demonstrar que somos capazes de estarmos à altura da circunstância”, disse Dorsinvil. "A Comissão Eleitoral Provisória está tomando medidas que se impõem, ou adotando correções necessárias ao processo eleitoral. Não temos mais direito à confusão nem aos excessos", afirmou.

A campanha começa sem que se saiba exatamente o número de votos obtidos por cada um dos candidatos à presidência que venceram o primeiro turno.

Os haitianos deverão escolher entre a ex-primeira dama Mirlande Manigat, a mais votada no primeiro turno e o cantor Michel Martelly. O candidato Martelly recebeu um apoio de peso: o do ídolo mundial de hip hop, Wyclef Jean, que é muito popular no Haiti. Um apoio que pode influenciar o resultado das presidenciais, segundo analistas. O apoio deverá contribuir para dar uma imagem mais jovem e dinâmica à candidatura de Martelly.

Wyclef e Martelly fizeram uma parceria musical no passado e o apoio oficial do ex-cantor do grupo Fugees não surpreendeu os haitianos. “Para que um sonho se transforme em realidade , é preciso que haja um homem que diga que isso será possível. É por isso que estou aqui", afirmou Wycleaf.  “Nós precisamos de alguém que não seja político, porque o que queremos é mudança. Queiro que saibam que Wycleaf Jean endossa (o candidato) Michel Martelly", acrescentou.

Wycleaf se candidatou às eleições presidenciais as teve que renunciar ao pleito porque não tinha morado no Haiti nos últimos 5 anos.

O Brasil, que comanda a missão da ONU no Haiti, a Minustah, anunciou que vai colaborar com 300 mil dólares para a realização do segundo turno das eleições no país.
 

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