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Economia

Clube de Paris aceita renegociar dívida da Argentina sem FMI

O clube de Paris aceitou a proposta da Argentina de renegociar dívida de 7 bilhões de dólares sem a mediação do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso o pagamento se concretize, o país deixará a lista de devedores internacionais em 2011, dez anos depois de mergulhar na pior crise de sua história, que resultou no calote a investidores privados e organismos financeiros.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner.
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Reuters
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Desde a moratória anunciada em 2001, a Argentina se recusava a renegociar a dívida pelos moldes do FMI. Em 2005, o então presidente Néstor Kirchner pagou a dívida do país com o Fundo para liquidar definitivamente os laços entre a instituição financeira e o país.

Ao longo desta década, travou-se então uma queda-de-braço entre a Argentina e seus credores reunidos no Clube de Paris que exigiam que as contas públicas argentinas fossem auditadas pelo FMI.

Em 2008, a Argentina anunciou que estava disposta a saldar, com reservas monetárias, sua dívida de US$ 6,706 bilhões em moratória desde 2001 com o Clube de Paris. Mas a condição exigida era a exclusão do FMI nas negociações.

A teimosia argentina deu resultado. A Carta enviada pelo Clube de Paris para as autoridades argentinas fala que será preciso estabelecer uma negociação "realista". Mas, segundo Kirchner, as condições e o prazo de pagamento propostos pelo Clube de Paris devem permitir que a Argentina continue a sustentar o crescimento da atividade econômica sem esquecer a inclusão social.

"Esta foi a única maneira encontrada de saldarmos a dívida", disse a presidente. O Clube de Paris é integrado por potências econômicas como Estados Unidos, Alemanha e a França.
 

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