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EUA/Afeganistão

EUA investigam vazamento de documentos sobre guerra

O Pentágono começou a investigar o acusado pelo vazamento de documentos secretos sobre a guerra no Afeganistão, publicados no site "Wikileaks" no último fim de semana com o título "Diário da Guerra Afegã". Nesta terça-feira, o presidente Barack Obama fez sua primeira declaração pública sobre o caso e disse que todas as informações publicada no site são noticias antigas. 

O presidente Barack Obama falou sobre o caso dos documentos secretos.
O presidente Barack Obama falou sobre o caso dos documentos secretos. Reuters
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Cleide Klock, correspondente da RFI em Nova York

Apesar de se declarar preocupado com a repercussão do vazamento de cerca de 91 mil documentos secretos sobre a guerra do Afeganistão, o presidente Barack Obama disse que as informações divulgadas pelo site WikiLeaks são antigas e nada de novo foi revelado. Segundo o presidente, os registros contêm "os mesmos desafios que levaram o governos dele a iniciar uma nova estratégia, em dezembro de 2009 e aumentar em 30 mil a quantidade de soldados enviados ao Afeganistão.
Obama fez o discurso minutos após se reunir com líderes do Congresso americano e aproveitou para reafirmar suas táticas em relação à guerra do Afeganistão e pedir para que a Câmara dos Deputados aprove o projeto de lei orçamentário que concede novos fundos à guerra.
Segundo Obama, os documentos refletem o fato de que durante 7 anos do governo Bush não foi possível implementar uma estratégia adequada aos desafios no Afeganistão e no Paquistão.

Já o Pentágono anunciou formalmente na terça-feira a abertura de uma investigação criminal para descobrir quem foi o verdadeiro autor do vazamento das informações.
O Wikileaks não identificou a fonte, mas suspeita-se de Bradley Manning, um analista de inteligência do exército dos Estados Unidos, atualmente preso numa penitenciária americana militar do Kuwait. Entre os documentos divulgados anteriormente por Manning está um vídeo em que um helicóptero militar americano ataca e mata civis iraquianos.
O Pentágono anunciou em junho que estava investigando a possibilidade de Manning ter transferido outros 260.000 dados diplomáticos secretos a Wikileaks. Entretanto, segundo o coronel Dave Lapan, porta-voz do Pentágono, não se sabe ao certo se Manning seria o responsável também por esse vazamento. Lapan disse que "a investigação não se centrará em um indivíduo em particular, tem um espectro mais amplo".
Os registros que vazaram são relatórios sobre campos de batalha e inteligência e foram compilados por unidades militares entre 2004 e 2010. De acordo com os documentos, os Eestados Unidos teriam informações recentes sobre as atividades de Osama bin Laden.

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Cleide Klock, correspondente da RFI em Nova York

 

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