Obama diz que é hora de agir contra o terrorismo nuclear

O presidente dos Estados Unidos disse em sessão da Conferência sobre Segurança Nuclear, em Washington, que havia chegado a hora de agir – e não apenas de falar – sobre a ameaça do terrorismo nuclear. Barack Obama voltou a afirmar que a rede terrorista Al Qaeda está em busca de material para fabricar armas atômicas.

Lee Myung-bak, presidente da Coreia do Sul, conversa com Barack Obama. Reuters

"Chega de prometer, temos de fazer progressos para garantir a segurança dos cidadãos", afirmou o presidente dos Estados Unidos. Obama anunciou que a Coreia do Sul vai sediar a próxima cúpula sobre segurança nuclear daqui a dois anos.

Falando aos cerca de 50 líderes presentes no evento, Obama disse que, duas décadas depois do fim da Guerra Fria, o mundo se encontra diante de uma irônia da história. Segundo o democrata, o risco de um confronto nuclear entre países diminuiu, mas o risco de um ataque nuclear aumentou. Ele citou o caso da Al Qaeda, afirmando que terroristas da rede tentam obter material para fabricar a bomba atômica. "Se eles conseguirem, vão utilizar." "O terrorismo nuclear é um perigo maior para a segurança de todos", concluiu o chefe da Casa Branca.

No discurso que fará ainda hoje, na cúpula, o presidente Lula vai lembrar que "a preocupação legítima com o terrorismo nuclear não deve prejudicar o direito de acesso, uso e desenvolvimento da energia nuclear para fins pacíficos", segundo um trecho de seu discurso divulgado pelo Itamaraty. O Brasil é contra a adoção de novas sanções contra o programa nuclear iraniano, tema que domina as reuniões bilaterais à margem da conferência. O Irã afirma que seu programa nuclear tem fins pacíficos, mas as potências ocidentais sustentam que o Irã procura se dotar de armas atômicas.

Antes de discursar na conferência, o presidente Lula faz uma reunião bilateral com o presidente francês, Nicolas Sarkozy.