Câmara deverá votar mais uma vez reforma da saúde

A oposição republicana no Senado encontrou irregularidades na votação realizada no domingo, na Câmara de Representantes, numa manobra destinada a obstruir a adoção da reforma. Os deputados terão de votar mais uma vez um conjunto de emendas da nova legislação.  

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama (à esquerda), conversa com o líder da bancada democrata no Senado, senador Harry Reid Reuters

A oposição republicana no Senado trabalhou durante toda a madrugada até encontrar irregularidades na votação realizada domingo na Câmara de Representantes. Com isso, um conjunto de emendas do projeto de reforma do sistema de saúde norte-americano deverá ser novamente votado na Câmara. "Depois de passar várias horas tentando bloquear o texto, os republicanos encontraram vícios técnicos na tramitação, nos obrigando a enviar o texto à nova votação na Câmara", declarou Jim Manley, porta-voz do líder da bancada democrata no Senado, o senador Harry Reid.

Essa reviravolta é um revés político para os democratas, que finalmente tinham conseguido aprovar a reforma do sistema de saúde por 219 votos a favor, três a mais do que o necessário para a adoção da reforma. A legislação, que provocou meses de debates por causa do elevado custo para o Tesouro, US$ 940 bilhões de dólares em 10 anos, recebeu 212 votos contrários na votação do último domingo. Na terça-feira, Obama assinou o texto em uma cerimônia na Casa Branca.

A reforma da saúde, prioridade do governo Obama, é a mais importante legislação já votada nos Estados Unidos nessa área. Ela vai dar cobertura médica a 32 milhões de norte-americanos sem qualquer seguro de saúde e permitir que o governo desenvolva planos de assistência aos mais pobres. A legislação também proíbe abusos por parte das seguradoras, como por exemplo recusar pacientes com histórico de doenças pré-existentes.