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Estados Unidos

Versão final da reforma da saúde vai a votação neste fim de semana

Será um grande dia para Barack Obama. A Câmara de Representantes dos Estados Unidos deverá votar no domingo a versão final da reforma do sistema de saúde, a principal promessa da campanha presidencial democrata.

Reuters
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Para acompanhar a votação, o presidente dos Estados Unidos adiou para o mês de junho uma visita que faria à Ásia a partir deste fim de semana. Num último esforço de campanha para ter seu projeto aprovado, Barack Obama defendeu a reforma num comício realizado nesta sexta-feira em Fairfax, no estado da Virginia.

A contagem regressiva para a aprovação do plano foi lançada na quinta-feira, com a publicação de um balanço sobre o orçamento do Congresso produzido por uma entidade independente especializada em análises orçamentárias. Segundo o balanço, a última versão da reforma vai reduzir o déficit orçamentário de US$ 138 bilhões em 10 anos (2010-2019). O projeto vai beneficiar pelo menos 31 milhões de cidadãos americanos sem qualquer seguro médico. "Essa reforma representa o maior esforço feito desde 1990 para reduzir o déficit", declarou Obama ao tomar conhecimento da análise independente.

A reforma custará no total US$ 940 bilhões em 10 anos, contra US$ 875 bilhões do projeto retocado pelo Senado. Muitos democratas que não apreciavam a proposta do Senado esperavam a publicação da análise para decidir se aprovarão ou não, no domingo, o projeto que foi submetido aos senadores em 24 de dezembro passado.

O plano atual é votar na Câmara a proposta de lei de reforma da saúde que foi aprovada no Senado. Uma vez aprovado na Câmara, esse projeto seria assinado pelo presidente Obama e se tornaria lei. Aí, uma outra lei, com ajustes para harmonizar os textos do Senado e da Câmara, passaria pelo Congresso. Essa lei seria parte de uma manobra chamada de reconciliação. Como os democratas perderam a supermaioria de 60 votos que tinham no Senado, eles vão apelar para a reconciliação, que permite evitar obstruções dos republicanos e aprovar a lei no Senado com uma maioria simples de 51 votos, desde que a legislação seja relacionada ao orçamento de alguma maneira.

Segundo as regras de tramitação do Congresso, os deputados podem votar o projeto de lei 72 horas após a publicação da análise orçamentária independente e, em seguida, enviá-lo a Obama para promulgação. Para ser adotado, o texto precisa obter 216 votos dos 435 deputados da Câmara.
 

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