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Banco First Citizens anuncia compra do SVB e assume depósitos e empréstimos

O euro se estabilizou na segunda-feira (27) face ao dólar, após o banco americano First Citizens anunciar que vai comprar a maior parte do Silicon Valley Bank (SVB), cuja falência no início de março desencadeou uma onda de pânico no setor bancário global, com repercussões até na Europa.  

O banco americano First Citizens vai comprar "todos os depósitos e empréstimos" do Silicon Valley Bank (SVB), o banco americano que faliu no início de março. A operação envolve US$ 72 bilhões em ativos.
O banco americano First Citizens vai comprar "todos os depósitos e empréstimos" do Silicon Valley Bank (SVB), o banco americano que faliu no início de março. A operação envolve US$ 72 bilhões em ativos. REUTERS - DADO RUVIC
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O First Citizens assumirá “todos os depósitos e empréstimos” do banco em crise, e “as 17 agências do SVB abrirão como First Citizens” nesta segunda-feira, anunciou o regulador bancário americano (FDIC) na noite de domingo (26).

A transação refere-se em particular a U$72 bilhões em ativos, comprados com desconto pelo First Citizen. Além disso, o SVB tinha, no momento de sua falência em 10 de março, U$ 119 bilhões em depósitos, detalha o FDIC.

O mecanismo americano de garantia de depósitos, administrado pelo FDIC, absorverá cerca de U$ 20 bilhões em perdas.

A quebra do SVB é a maior falência bancária nos Estados Unidos desde 2008 e desestabilizou todo o setor bancário — lembrando para alguns o início da crise financeira de 2008 e suas consequências globais.

As autoridades financeiras europeias e americanas tiveram que intervir com urgência para limitar o contágio.

Na Europa, o Credit Suisse, enfraquecido por vários anos, pagou notavelmente os custos da turbulência: o segundo banco suíço foi comprado com urgência pelo compatriota UBS para evitar a falência.

Nos Estados Unidos, três bancos caíram: SVB, Signature Bank e Silvergate Bank. E várias instituições regionais sofreram particularmente no mercado de ações.

O próprio First Citizens perdeu 23% de sua avaliação de mercado desde o início de janeiro. Outro estabelecimento sob pressão, o banco regional Primeira República viu sua avaliação derreter 80% em poucos dias.

Aumento dos juros

Próximo dos círculos tecnológicos, o SVB viu-se subitamente em dificuldades após o anúncio da venda de U$ 21 bilhões em títulos financeiros, com uma perda de 1,8 mil milhões em jogo, e da sua intenção de angariar capital.

Entre os fatores que precipitaram a falência está a rápida alta do Banco Central americano (Fed) de suas taxas de juro, que passaram de quase zero para mais de 4% em menos de um ano para combater a inflação.

Diante de demandas maciças de saques, as autoridades decidiram em 10 de março que o SVB era insolvente e assumiram o controle de seus ativos.   

Uma nova entidade reabriu em 13 de março sob o nome de Silicon Valley Bank Bridge com um chefe nomeado para administrar os negócios atuais até que o destino do banco seja decidido.

Todos os empréstimos e depósitos dessa entidade agora serão administrados pela First Citizens, conhecida por suas aquisições em série de bancos problemáticos nos últimos anos. O FDIC disse que conserva cerca de US$ 90 bilhões em “outros ativos”.

Na semana passada, o FDIC anunciou um acordo semelhante para a aquisição de parte do Signature Bank pelo Flagstar Bank, uma subsidiária do New York Community Bancorp.

O Flagstar assumiu as 40 agências do Signature e a maior parte dos US$ 88,6 bilhões em depósitos. Mas cerca de US$ 60 bilhões em empréstimos e US$ 4 bilhões depositados online permanecem sob o controle das autoridades.

(Com informações da AFP)

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