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Trump anuncia que pode ser preso na próxima semana e convoca apoiadores a protestarem

O ex-presidente americano, Donald Trump, anunciou neste sábado (18), em sua rede social Truth Social, que deve ser "preso" na próxima terça-feira (21) e pediu que seus partidários saiam às ruas em sua defesa. O caso envolve uma possível acusação de suborno pago a uma atriz pornô antes da eleição presidencial de 2016.

Fotomontagem com imagens do ex-presidente americano Donald Trump (à esquerda) e da atriz pornô Stormy Daniels.
Fotomontagem com imagens do ex-presidente americano Donald Trump (à esquerda) e da atriz pornô Stormy Daniels. © Alex Brandon & Markus Schreiber, AP
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Referindo-se a um "vazamento" da promotoria do estado de Nova York, Trump, de 76 anos, que pretende voltar a disputar a eleição em 2024, abordou o assunto na plataforma Truth Social. Em letras maiúsculas, o magnata escreveu: "O principal candidato republicano e ex-presidente dos Estados Unidos da América será preso na terça-feira da próxima semana. Protestem, recuperem nossa nação!".

A prisão, se ocorrer, será algo inédito envolvendo um ex-presidente americano. Isso também afetaria as chances de Trump voltar à Casa Branca, como o magnata pretende.

No total, US$ 130 mil foram repassados à atriz Stormy Daniels, cujo verdadeiro nome é Stephanie Clifford. A justiça do país alega que o objetivo era comprar seu silêncio e não prejudicar a campanha de Trump em 2016. O Ministério Público de Nova York, que realizou a investigação do caso, considera que a doação viola as leis do financiamento eleitoral. 

Embora Trump sempre tenha negado, a atriz ameaçava revelar um caso que teve com ele há alguns anos. Na época do relacionamento, o republicano já era casado com Melania Trump. Neste sábado, o ex-presidente indicou que a investigação está "baseada em um conto de fadas antigo e completamente desacreditado (por muitos outros promotores!)".

Rumores sobre acusação

Nos últimos dias, rumores se multiplicaram sobre uma possível acusação do ex-presidente por um júri liderado pelo promotor de Manhattan e político democrata Alvin Bragg. Nos Estados Unidos, os promotores podem apresentar testemunhas e provas a um painel de cidadãos conhecido como "grande júri", que decide quais casos merecem ser levados adiante.

Na sexta-feira (17), um dos advogados de Trump, Joseph Tacopina, já afirmado às mídias do país que seu cliente "se entregaria" à justiça de Nova York, caso fosse acusado. A publicação de Trump na rede social Truth Social deixa a entender que o caso Stormy Daniels terá finalmente uma sequência. Na mesma plataforma, o ex-presidente classificou o trabalho de Alvin Bragg de "corrupto e orientado". 

Na semana passada, Michael Cohen, ex-advogado do líder republicano, testemunhou duas vezes diante da justiça sobre o caso. Já condenado devido ao escândalo, Cohen foi é apontado como o responsável pelo pagamento de US$ 130 mil à atriz. A doação do montante pode ser considerada ilegal se tiver sido usada para acobertar um segundo crime, como uma violação de financiamento de campanha, indica o jornal The New York Times.

Várias investigações   

Trump nunca foi formalmente acusado, mas enfrenta várias investigações criminais em nível estadual e federal por possíveis irregularidades antes, durante e depois de seu mandato que ameaçam seus planos na Casa Branca.

Na Geórgia, um promotor está investigando as tentativas de o ex-presidente e aliados anularem sua derrota nas eleições de 2020 nesse estado do sul do país. Para caso específico, o grande júri já recomendou várias acusações.

O líder republicano também é alvo de uma investigação federal sobre a gestão de documentos sigilosos, assim como seu possível envolvimento na violenta invasão do Capitólio. Convencido de que o democrata Joe Biden fraudou a eleição de 2020, o magnata convocou seus apoiadores para se mobilizar e alimentou a crise política em Washington. O magnata é apontado por ter incitado o ataque em 6 de janeiro de 2021. 

(Com informações da AFP) 

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