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Novo objeto não identificado que sobrevoava o Canadá é destruído pelos EUA

Um caça americano abateu um objeto não identificado que sobrevoava o Canadá na tarde de sábado (10), como parte de uma operação conjunta entre Washington e Ottawa. Este é o terceiro incidente deste tipo nos céus norte-americanos em uma semana.

A marinha americana recolhe os destroços do balão que sobrevoava seu território, nas águas do Atlântico, na Carolina do Norte, no sábado 11 de fevereiro de 2023.
A marinha americana recolhe os destroços do balão que sobrevoava seu território, nas águas do Atlântico, na Carolina do Norte, no sábado 11 de fevereiro de 2023. © AFP/US NAVY
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O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, anunciou no sábado que um "objeto não identificado" foi abatido enquanto sobrevoava a província de Yukon, no noroeste do país, um dia depois que os Estados Unidos destruíram um objeto sobrevoando o Alasca.

Aviões de ambos os países foram enviados para o local, e um míssil AIM 9X disparado de um F-22 americano atingiu o alvo, disse Trudeau no Twitter.

O presidente americano, Joe Biden, havia autorizado uma das aeronaves do Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD), a "trabalhar com o Canadá", explicou o porta-voz do Pentágono, Pat Ryder.

A neutralização do objeto foi validada por Biden e Trudeau "com muita cautela e por recomendação de suas forças armadas", disse um comunicado da Casa Branca.

As forças canadenses "irão agora recuperar e analisar os destroços do objeto", acrescentou o primeiro-ministro canadense.

A aeronave, que voava a uma altitude de cerca de "40.000 pés" (12.200 metros), "entrou ilegalmente no espaço aéreo canadense e representava uma (possível) ameaça à segurança dos voos civis", disse à imprensa a ministra da Defesa Nacional do Canadá, Anita Anand.

O objeto foi abatido "cerca de 100 milhas (160 km) da fronteira Canadá-EUA" por volta das 14h (18h em Brasília), acrescentou ela.

"Nós (os) detectamos juntos e (os) derrubamos juntos" como parte do NORAD, disse Anand. Era um "dispositivo cilíndrico" menor que o balão destruído na Carolina do Norte na semana passada, disse a ministra da Defesa canadense.

“De momento, continuamos as análises do objeto, e não seria prudente da minha parte especular sobre a sua origem”, acrescentou, antes de agradecer ao Pentágono e aos membros dos exércitos canadense e americano a sua colaboração.

No início da tarde, Anita Anand disse no Twitter que havia conversado com o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, reafirmando que "sempre defenderemos nossa soberania juntos".

Na noite de sábado, um caça foi enviado para investigar uma "anomalia no radar" sobre o estado americano de Montana, disseram os militares dos EUA.

“Este avião não identificou nenhum objeto”, informaram o NORAD e o Comando Norte dos EUA, acrescentando que continuam “monitorando a situação”.

O espaço aéreo do território, no noroeste dos Estados Unidos, foi fechado temporariamente "para apoiar as operações do Departamento de Defesa" e foi reaberto, indicou na noite de sábado o regulador americano da aviação civil (FAA).

Segundo objeto em 24 horas

Este é o segundo objeto voador abatido sobre a América do Norte pelos Estados Unidos em cerca de 24 horas.

As forças dos EUA destruíram outro objeto voador na sexta-feira (10), no estado do Alasca, do "tamanho de um carro pequeno", porque representava "uma ameaça à segurança do tráfego aéreo", de acordo com John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.

As operações de busca e recuperação dos restos do objeto destruído na sexta-feira continuaram no sábado, mas foram dificultadas pelo "ar frio do Ártico, a neve e a luz do dia limitada", disse o Comando Americano do Norte, em comunicado, acrescentando que o Pentágono não podia dar "nenhum outro detalhe (...) sobre o objeto, incluindo suas capacidades, finalidade ou origem."

Os incidentes ocorreram uma semana depois que Washington destruiu um balão em sua costa atlântica, que sobrevoou locais militares sensíveis e foi descrito por Pequim como uma "aeronave civil usada para fins de pesquisa, principalmente meteorológicos".

Imagens capturadas por aeronaves militares dos EUA mostram que o balão chinês que sobrevoou os Estados Unidos na semana passada estava bem equipado com ferramentas de espionagem e não se destinava ao clima.

Esse embate diplomático levou o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, a adiar uma visita à China.

As autoridades americanas ainda estão ocupadas recolhendo os destroços do balão no Atlântico, perto da costa da Carolina do Sul.

(Com AFP)

 

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