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Tempestade de inverno Elliott, "única em uma geração", cancela milhares de voos nos EUA

A nevasca e os fortes ventos causados pela tempestade de inverno Elliott provocaram o cancelamento de mais de 5.000 voos nos Estados Unidos na quinta-feira (22). Outros 24 mil foram adiados, segundo o rastreador FlightAware.

Passageiros chegam ao terminal 3 do aeroporto de Chicago, onde milhares de voos foram cancelados ou atrasaram por conta da tempestade de inverno Elliott.
Passageiros chegam ao terminal 3 do aeroporto de Chicago, onde milhares de voos foram cancelados ou atrasaram por conta da tempestade de inverno Elliott. AP - Nam Y. Huh
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A maioria dos cancelamentos ocorreu nos aeroportos internacionais de Chicago O'Hare ou Denver. Os estados do Kentucky, Missouri, Oklahoma, Geórgia e Carolina do Norte decretaram estado de emergência para enfrentar as consequências da tempestade.

"Por favor, levem as recomendações das autoridades locais a sério", disse o presidente americano, Joe Biden, aos jornalistas, em uma reunião na Casa Branca sobre a situação do clima e do transporte. Em algumas regiões do país, atingidas por uma frente fria do Ártico, já havia registro de nevascas que impedem a visibilidade e tornam perigosas as condições nas estradas.

Relatos de estradas cobertas de neve chegam de todo o país, com o registro de vários acidentes. A rodovia I-90, que atravessa o norte dos Estados Unidos, foi fechada no estado de Dakota do Sul e as autoridades alertaram que a reabertura deve acontecer nesta sexta-feira (23)."Várias estradas secundárias são consideradas atualmente como 'intransitáveis'... devido à neve profunda e aos ventos", afirmou a Administração de Transportes de Dakota do Sul.

Meteorologistas da plataforma AccuWeather disseram que a tempestade poderia se transformar rapidamente no que se conhece como um "ciclone bomba", quando a pressão cai e uma massa de ar frio se choca com outra de ar quente.

O meteorologista do Serviço Meteorológico Nacional (NWS, na sigla em inglês), Michael Charnick, publicou um vídeo no Twitter em que mostra motoristas lutando contra o mau tempo em uma estrada entre Colorado e Wyoming, onde a temperatura com ventos gelados despencou para -40°C.

O NWS emitiu mensagens de advertência no Twitter, afirmando que rajadas de neve já estavam ocorrendo ou eram esperadas das planícies centrais até a costas leste e nordeste do país.

"As pessoas expostas ao frio extremo estão suscetíveis ao congelamento em questão de minutos", advertiu o serviço de meteorologia. "As áreas mais propensas ao congelamento são a pele desprotegida e as extremidades, como mãos e pés. A hipotermia é outra ameaça", detalhou.

Motoristas ilhados

No centro-oeste, os fortes ventos deixaram cerca de 100 motoristas ilhados em Rapid City e Wall, em Dakota do Sul, tuitou o escritório do xerife do condado de Pennington, que aconselhou as pessoas a não pegarem a estrada.

Em Minneapolis e Saint Paul caíram mais de 20,3 centímetros de neve em 24 horas, informou o NWS. No leste, em Buffalo, estado de Nova York, os meteorologistas disseram que se trata de uma "tempestade única em uma geração", com rajadas de vento de mais de 105 km/h, sensação térmica de entre 10 e 20 graus abaixo de zero e cortes de energia pontuais ou até mesmo totais.

Do outro lado da fronteira, no leste do Canadá, também foram registradas fortes nevascas e quedas bruscas de temperatura. O aeroporto de Toronto, o mais movimentado do país, registrou atrasos e cancelamentos. A sensação térmica deve chegar a 55 graus negativos na região das Grandes Planícies.

Pico de movimento

A tempestade coincide com um boletim da Administração de Segurança no Transporte, que afirma que o volume de viagens para as festas de fim de ano estava próximo dos níveis anteriores ao pico da pandemia de covid-19, com maior movimento na quinta-feira, três dias antes do Natal.

 As companhias American Airlines, Southwest Airlines e United Airlines já haviam tomado medidas para  permitir aos passageiros mudar seus voos sem custos adicionais. A Associação Automobilística Americana estimou que mais de 112 milhões de pessoas farão trajetos superiores a 80 km entre esta sexta-feira e 2 de janeiro, a maioria deles em automóveis.

(Com informações da AFP)

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