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Imprensa francesa repercute morte do cineasta brasileiro Arnaldo Jabor

“Morre um dos arquitetos da nouvelle vague brasileira”, noticia o jornal francês Le Figaro, ao anunciar a morte do jornalista e diretor de cinema brasileiro Arnaldo Jabor, nesta terça-feira (15). O diário lembra que os filmes de Jabor já foram premiados na Europa, como o longa-metragem “Eu Sei que Vou te Amar” em Cannes (1986) e “Toda a Nudez será Castigada”, que venceu o Urso de Prata no Festival de Berlim (1973).  

Festival de Cannes.
Festival de Cannes. © Miguel Martins/RFI
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Jabor morreu aos 81 anos, vítima de complicações de um acidente vascular cerebral (AVC), conforme anúncio de sua família. "Jabor virou uma estrela, meu filho perdeu o pai e o Brasil perdeu um grande brasileiro", escreveu a esposa do cineasta Suzana Villas Boas, no Instagram, citada pelo Figaro.

Nascido no Rio de Janeiro em 12 de dezembro de 1940, Arnaldo Jabor fez parte do movimento “Cinema Novo, a nova onda do cinema brasileiro, iniciada na década de 1960”, escreve o diário francês. O artigo destaca o trabalho de direção em trabalhos com a “icônica atriz Sônia Braga” como em “Eu te Amo”, apresentado no Festival de Cinema de Cannes, em 1981.

O site de notícias FranceInfo também destaca que Arnaldo Jabor viu dois de seus longas-metragens entrarem na seleção oficial do famoso festival de Cannes: “Pindorama”, em 1971, e “Eu Sei que vou te Amar”, longa metragem que deu à atriz brasileira Fernanda Torres o prêmio de interpretação feminina, em 1986.

Já o filme “Toda Nudez será Castigada”, inspirado em uma famosa peça do dramaturgo Nelson Rodrigues, ganhou o Urso de Prata no festival de Berlim, em 1973.

Figura que dividia opiniões no Brasil, FranceInfo cita que Arnaldo Jabor também era conhecido no país por seu talento como colunista mordaz na televisão ou em suas colunas publicadas nos jornais. "Em seus filmes como em seus textos, ele procurou observar a sociedade brasileira, compreender seus paradoxos e criticar suas hipocrisias", cita o diário francês, cintando uma homenagem publicada nesta terça-feira por O Globo.

O texto finaliza dizendo que pouco antes da pandemia de Covid-19, o cineasta havia rodado o filme “Meu último desejo em São Paulo”, que ainda não foi lançado nos cinemas.

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