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Brasil anuncia nova meta climática, com redução de 50% das emissões de carbono até 2030

Pela terceira vez em menos de um ano, o Brasil refaz a sua meta climática. Nesta segunda-feira (1°), quando foram feitos os discursos de abertura da COP26 em Glasgow, na Escócia, o ministro do Meio Ambiente brasileiro, Joaquim Leite, apresentou uma nova meta de redução de emissões de gases de efeito estufa.

Desmatamento e Queimadas 2020- Imagem aérea de queimada próxima à Flora do Jacundá, em Rondônia.
Desmatamento e Queimadas 2020- Imagem aérea de queimada próxima à Flora do Jacundá, em Rondônia. © Bruno Kelly/Amazônia Real/
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No discurso, Leite anunciou uma redução das emissões de carbono "mais ambiciosa" já para 2030, com o objetivo de alcançar a neutralidade de carbono até 2050.

“Reforço os nossos compromissos com a geração de uma economia neutra em emissões de gás de efeito estufa, mas, ao mesmo tempo, garantindo geração de emprego e renda”, afirmou Leite em um pronunciamento gravado em Brasília. “As contribuições do Brasil para superar o desafio estão postas. Não faltará empenho do governo federal para chegarmos a um resultado positivo para o país e para o mundo. Dessa forma, o Brasil demonstra, mais uma vez, o seu compromisso como parte de um acordo coletivo”, acrescentou.

“Apresentamos hoje uma nova meta climática mais ambiciosa, passando de 43% para 50% até 2030.  E de neutralidade de carbono até 2050, que será formalizada durante a COP26”, finalizou.

Observadores internacionais temem que a nova meta do Brasil a ser detalhada durante a COP26 possa permitir uma "pedalada climática", já que o governo não explicou como será a base de cálculo da redução de emissões.

Bolsonaro não participa da COP26 

O presidente Jair Bolsonaro não vai participar da COP26. Ele enviou uma mensagem em vídeo que foi exibida antes da fala do ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite. Nela, afirmou que o Brasil é uma "potência verde" e que "sempre fez parte da solução, não do problema", disse o presidente na gravação.

Ainda de acordo com Bolsonaro, o governo federal dispõe de linhas de crédito e investimentos que superam US$ 50 bilhões para projetos de conservação e restauração florestal, agricultura, energia renovável, saneamento, transporte e tecnologia da informação.

"Esses recursos vão impulsionar a economia, gerar emprego e contribuir para consolidar o Brasil como a maior economia verde do mundo", prometeu.

Dados do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), do Observatório do Clima apontam, no entanto, apontam que o Brasil registrou um aumento de 9,5% nas emissões de gases poluentes em 2020, ano da pandemia de Covid-19.

Desde que Bolsonaro assumiu o poder, em 2019, o desmatamento e os incêndios na Amazônia explodiram. O Brasil é responsável por 60% da Floresta Amazônica localizados em seu território, cuja manutenção é fundamental para conter o aquecimento global.

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