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Eleições na África do Sul testam o poder do partido de Mandela

Mais de 26 milhões de eleitores devem votar, um número recorde na história da democracia da África do Sul.

Zona eleitoral de Vuwani, na África do Sul, nesta quarta-feira, 3 de agosto de 2016.
Zona eleitoral de Vuwani, na África do Sul, nesta quarta-feira, 3 de agosto de 2016. REUTERS/Siphiwe Sibeko
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Os sul-africanos comparecem às urnas nesta quarta-feira (3) para votar em eleições municipais que representam um teste ao poder do Congresso Nacional Africano (ANC), partido que governa o país, fundado por Nelson Mandela.

A oposição, representada pela Aliança Democrática (AD), tem chances de vitória pela primeira vez em grandes centros. Todas as atenções estão voltadas para cidades como Pretória, a capital, Johannesburgo, o coração econômico, e Port Elizabeth, cidade industrial perto do Oceano Índico.

De acordo com pesquisas do instituto Ipsos South África, a Aliança Democrática tem grandes possibilidades de vencer pela primeira vez em Port Elizabeth, uma cidade com grande taxa de desemprego (36% contra a média nacional de 26,7%). O Congresso Nacional Africano (ANC), partido de Nelson Mandela, governa o país e a maioria das 278 cidades.

A decepção de muitas pessoas com o partido de Mandela, o ANC, é grande. Muitas áreas do país continuam sem serviços básicos como água encanada ou energia elétrica. Uma grande parte dos sul-africanos consideram que os progressos foram escassos desde o fim do regime segregacionista do apartheid, em 1994.

O partido de “Mandiba”

Durante a campanha, a oposição não hesitou em usar o nome de Nelson Mandela, uma figura de consenso, para convencer os eleitores de que o ANC traiu a população. "Este ANC não é mais o de Madiba (nome do clã de Mandela), não é o ANC pelo qual votei em 1999. É um partido diferente, corrupto e que não se interessa pelas pessoas comuns", afirmou na terça-feira Mmusi Maimane, líder da Aliança Democrática, após votar em Johannesburgo nesta quarta-feira (3).

Os resultados também devem contar com o peso decisivo dos votos dos Combatentes pela Liberdade Econômica (EFF), partido de extrema-esquerda liderado por Julius Malema. Fundado em 2013 pelo ex-líder da juventude do ANC, o EFF disputa pela primeira vez as eleições municipais e deve conquistar alguns votos que eram do partido governista de “Mandiba”.

 

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