Dhlakama volta a defender províncias autónomas moçambicanas
Afonso Dhlakama, Presidente da Renamo, voltou a exigir, este domingo, 22 de fevereiro, em Nampula, no norte de Moçambique, a criação de Províncias Autonómas, nas zonas, onde o seu Partido, ganhou eleições.
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Continua o debate, em torno da criação ou não de regiões ou províncias autónomas, em Moçambique, mas as posições, entre os dois principais partidos, a Frelimo, no poder, e a Renamo, na oposição, são claras e opostas.
Este domingo, 22 de fevereiro, o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, antigo candidato presidencial, desse partido, nas eleições de 15 de outubro, retomou o seu périplo, pelas províncias moçambicanas, e disse, em Nampula, no norte, do país, que a sua equipa político-jurídica, está a ultimar, o diploma, defendendo, a criação de Províncias Autonómas, lá, onde, ele e a sua formação política, ganharam, as eleições.
"O ante-projecto está quase a acabar e vai entrar, [na Assembleia da República], em março, para ser discutido e ratificado", declarou Dhlakama.
Por seu lado, a Frelimo, que ganhou essas últimas eleições gerais, tem posição diferente, defendendo, o que já está na lei e na constituição, que não, projectaram e nem criaram essas Províncias Autónomas e Regiões.
A declaração, da Presidente da Assembelia da República, Verónica Macamo, é clara e evidente:
"Vamos analisar esta questão de acordo com o que está previsto na lei e na constituição; portanto, não tenho, que comentar, o que dizem, os outros chefes (....). Nós vamos analisar esta questão, tendo em conta, a lei".
De recordar, que Dhlakama e a Renamo, avançaram, com esta proposta de reforma territorial, no seguimento, da sua denúncia, de fraudes eletorais, nas eleições de outubro, ficando prejudicados, pelo que a solução, seria, a criação de Províncias Autónomas, nas regiões, onde ganharam.
Quanto à Frelimo e a comunidade internacional, declararam, que as eleições foram livres e democráticas, apesar, dalgumas irregularidades, aqui e ali, que não põem, em causa, a vitória do partido, no poder, e do seu candidato, Filipe Nyusi.
Com o nosso correspondente, Orfeu Lisboa, em Maputo.
Orfeu Lisboa, correspondente em Maputo
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