Acordo sobre o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral de Moçambique
No quadro de uma nova ronda negocial esta quarta-feira, o governo de Moçambique e a Renamo, principal partido de oposição, chegaram a um acordo sobre o STAE, Secretariado Técnico de Administração Eleitoral, dois dias depois de também terem alcançado um consenso em relação à Comissão Nacional de Eleições, o outro órgão regulador nesse domínio naquele país.
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De acordo com os responsáveis das delegações do governo e da Renamo, ficou estipulada a criação do posto de director-adjunto do STAE bem como a integração de representantes dos partidos políticos com assento parlamentar (Frelimo, Renamo e MDM) nos departamentos do organismo. Refira-se também que esta 34ª sessão de encontros também ficou marcada pela primeira participação dos cinco observadores nacionais escolhidos por ambas as partes, como nos relata a partir de Maputo o nosso correspondente, Orfeu Lisboa.
Orfeu Lisboa, correspondente da RFI em Moçambique
Entretanto, o MDM, terceira força política no país, veio exigir nesta quarta-feira a participação de representantes seus nas negociações entre o governo e a Renamo em torno da lei eleitoral e lamentou o carácter "secreto" das reuniões.
Paralelamente, enquanto no campo político o diálogo aparentou conhecer alguns avanços, no terreno a violência continuou hoje, o exército moçambicano tendo confirmado uma ofensiva contra posições da Renamo na Serra da Gorongosa, no centro do país, alegadamente em resposta a um ataque de homens armados do movimento. Em entrevista à RFI, Raíl Kahn, assessor político de líder da Renamo, denuncia uma situação de guerra civil.
Raíl Kahn, assessor político do líder da Renamo, entrevistado por Liliana Henriques
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