Sobressaltos durante o funeral em Luanda do activista da CASA-CE morto no Sábado
As cerimónias fúnebres de Manuel Hilberto Ganga, membro do segundo partido de oposição CASA-CE, Convergência Ampla de Salvação de Angola, morto pela guarda presidencial angolana na madrugada de sábado, foram marcadas por incidentes.
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Pouco depois de partir esta manhã do centro de Luanda rumo ao cemitério de Santana situado na periferia da cidade, o cortejo fúnebre foi impedido de avançar pela polícia alegando a ausência de autorização para uma marcha apeada. Dezenas de polícias formaram um cordão à volta dos participantes e dois canhões de água assim como dois helicópteros foram igualmente mobilizados para travar a marcha. Certas fontes indicam igualmente que foi usado gás lacrimogénio.
O cortejo no qual estavam nomeadamente o presidente da CASA-CE, Abel Chivukuvuku, o porta-voz do partido, Lindo Bernardo Tito, o porta-voz da UNITA, Alcides Sakala, assim como membros do Movimento Revolucionário, não pôde continuar a marcha e só teve a possibilidade de se dirigir ao cemitério de autocarro, após mais de duas horas de bloqueio. Ao contar o sucedido, um dos participantes, Adolfo Campos, membro do Movimento Revolucionário, refere que algumas pessoas foram alvo de espancamentos, designadamente Alcides Sakala, porta-voz da Unita.
Adolfo Campos, membro do Movimento Revolucionário
Refira-se que ontem a ONG de defesa dos direitos Humanos Human Rights Watch exigiu que as autoridades angolanas investiguem a morte de Manuel Hilberto Ganga sob as balas de membros da guarda presidencial no passado dia 23 de Novembro quando estava a colar cartazes perto do palácio presidencial. De acordo com a polícia, o activista terá sido morto ao tentar fugir, todavia, outros testemunhos dão versões discordantes do sucedido.
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