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MOÇAMBIQUE

Moçambique: Renamo acusa Governo de querer liquidar Dlhakama

 Nova ronda de diálogo volta a falhar. Exército recupera controlo da sede da vila de Maringué, em Sofala. Renamo acusa o governo de plano falhado para assassinar o seu líder Afonso Dlhakama.

Combatentes da Renamo durante um treino nas montanhas da Gorongoza (2012).
Combatentes da Renamo durante um treino nas montanhas da Gorongoza (2012). AFP FOTO / JINTY JACKSON
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 A Renamo voltou a boicotar mais uma ronda de diálogo com o Governo, esta segunda-feira, exigindo novamente a presença de facilitadores na mesa de negociações. A delegação do Executivo quer continuar as tentativas de diálogo. 

Por outro lado, a chefe da bancada parlamentar da RENAMO, Angelina Enoque, apontou que “não foi mera coincidência que o ataque (de 21 de Outubro) tenha ocorrido no dia em que Armando Guebuza chegou a Sofala”, acusando o Presidente moçambicano de querer levar “a cabeça de Afonso Dlhakama como troféu político e militar”. Mais pormenores com o nosso correspondente em Maputo, Orfeu Lisboa

01:42

Correspondência de Moçambique

A 21 de Outubro, as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique anunciaram um ataque e ocupação do local o líder da Renamo, Afonso Dlhakama, se encontrava há um ano. Dlhakama fugiu para lugar incerto.

A tensão não pára de subir no país. No sábado, um ataque destruiu um autocarro na zona de Muxúnguè, em Sofala, no centro de Moçambique, provocando um morto e nove feridos. As autoridades atribuíram o ataque à Renamo. Porém, o porta-voz do maior partido da oposição, Fernando Mazanga, disse aos jornalistas em Maputo que a Renamo se “distancia do ataque”, de acordo com o jornal Público.

Segundo a agência Lusa, hoje, o exército governamental recuperou o controlo da sede da vila de Maringué, em Sofala, controlada pela Renamo há sensivelmente uma semana, depois da ofensiva do exército a Sadjundjira. Maringué era o quartel-general do movimento durante a guerra civil.

Entretanto, o primeiro-ministro de Moçambique, Alberto Vaquina, disse que a situação no país está "estável". Em declarações à agência Lusa à chegada a Luanda, esta segunda-feira, para uma visita oficial de quatro dias a Angola, Alberto Vaquina acrescentou que as autoridades moçambicanas vão "continuar a trabalhar com as instituições democraticamente eleitas, de modo que o ordenamento político do país prevaleça e se continue a respeitar, por todos, a Constituição e as leis".

Moçambique atravessa a pior tensão política e militar desde a assinatura do Acordo Geral de Paz em 1992. O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, que era secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros durante os acordos de paz de 1992, declarou hoje à Lusa esperar que a “calma volte” rapidamente ao país.

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