Renamo ausente da próxima ronda de negociações com governo de Maputo

O maior partido da oposição moçambicana, a Renamo, já anunciou que devido ao seu conselho nacional, marcado para os dias 29 a 31 de julho, não vai poder estar presente na próxima ronda de conversações com o governo moçambicano.

Armando Guebuza, Presidente da Repúbica de Moçambique e Afonso Dhlakama, líder da Renamo comunidademocambicana.blogspot.com

O diálogo político que o governo moçambicano e a Renamo vem mantendo para resolver a crise político-militar que assola o país desde fins do ano passado, vai sofrer mais um interregno, na medida em que o partido de Afonso Dhlkama, já se mostrou indisponível para participar na décima terceira ronda das conversações.

A Renamo, alega não poder participar no encontro, devido à realização do seu conselho nacional, marcado de 29 a 31 de julho, havendo portanto um choque de datas.

De recordar que ainda não se encontrou um entendimento entre o governo moçambicano e a Renamo, devido a questões eleitorais mas também porque as autoridades moçambicanas exigem uma desmilitarização dessa maior formação política da oposição.

Para Francisco Campira, secretário-executivo dos partidos extra-parlamentares, "enquanto não se revisitar o acordo de Roma assinado entre a Frelimo e a Renamo, dificilmente vai ser possível o governo desmilitarizar a Renamo e consequentemente continuaremos a ter dois exércitos e dois territórios em Moçambique."

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Orfeu Lisboa, correspondente em maputo