Fracasso em Moçambique das negociações Renamo/Governo

A RENAMO prevê uma reunião de quadros a partir desta terça-feira na Gorongosa, centro do país. Um evento que ocorre após o fracasso da terceira ronda negocial entre o primeiro partido da oposição e o governo moçambicano. O diálogo bilateral foi suspenso, o movimento da perdiz equaciona agora outras formas de acção.

Afonso Dlhakama, líder da RENAMO, na oposição em Moçambique Miguel Martins/RFI

São mais de 150 quadros da RENAMO (Resistência nacional moçambicana), entre civis e militares, que estariam a caminho da Gorongosa, onde Afonso Dlhakama, líder do partido, se acantonou há mais de um mês.

Em causa está o descontentamento do movimento da perdiz com o rumo que vive Moçambique.

E isto 20 anos depois da assinatura do Acordo de Paz de Roma rubricado entre a RENAMO e a FRELIMO (Frente de libertação de Moçambique), partido que governa o país desde a independência.

São seis pontos que a RENAMO pretendia rever com as autoridades de Maputo, incluindo a despartidirização das instituições do Estado.

Há duas semanas que começaram as negociações envoltas num cepticismo generalizado, com a RENAMO a pedir, mesmo, um governo de abertura.

Carlos Jossia, correspondente em Maputo, tem mais informação.

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Correspondência de Maputo