Angola cria Fundo Soberano

Angola apresentou esta semana o Fundo Soberano. O fundo que conta, inicialmente, com 5 mil milhões de dólares quer promover o desenvolvimento socioeconómico e criar património para as gerações futuras do país.

Banco nacional de Angola Miguel Martins/RFI

A ideia de criar um Fundo Soberano remonta a  2008, altura em Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, falou pela primeira vez deste instrumento, mas só em 2011 o Parlamento angolano aprovou a lei relativa à sua criação. O objectivo é utilizar parte das verbas do petróleo para fazer investimentos não só em Angola como também a nível internacional.
O Fundo Soberano de Angola- FSDEA- é presidido por Armando Manuel, assessor económico do chefe de Estado angolano, e conta ainda com mais dois administradores, entre os quais José Filomeno dos Santos (filho de José Eduardo dos Santos). O FSDEA reconhece que o país ainda contínua a enfrentar problemas consideráveis. Porém, compromete-se a promover crescimento socioeconómico ao investir em projectos que criam oportunidades com um impacto positivo na vida actual de todos os angolanos e que criarão património para as gerações futuras."

O FSDE tem também um conselho consultivo do qual fazem parte os ministros das Finanças, da Economia, do Planeamento e o governador do Banco Nacional de Angola, e um conselho fiscal, cujo papel será o de analisar o desempenho do fundo, confrontando-o com as políticas de investimento aprovadas pelo governo.

Entretanto, a oposição angolana, pela voz da coligação CASA- CE, já se fez ouvir e veio pedir explicações sobre a transparência do Fundo Soberano e ainda sobre o Fundo de petróleo que acabou por se fundir com o Fundo Soberano.

O economista angolano Filomeno Vieira Lopes analisa os prós  e os contras da criação do Fundo Soberano de Angola.

03:29

Filomeno Vieira Lopes