Oposição Guineense crítica em relação à conferência de reconciliação Nacional

O Colectivo dos Partidos de Oposição Democrática emitiu esta Segunda-Feira um comunicado em que critica a iniciativa visando a organizar a Conferência para o Diálogo e Reconciliação Nacional.

Da esquerda para direita: O representante do secretário-geral da ONU em Bissau, Joseph Mutaboba e o presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá. UN Photo/Ky Chung- UN Photo/Evan Schneider

Na óptica deste conjunto de partidos de oposição que já no passado tem tomado iniciativas críticas em relação ao partido no poder, este processo "é uma manobra do PAIGC" e "deveria ter o contributo de todos os partidos de oposição, independentemente de terem ou não assento parlamentar".

Igualmente do ponto de vista deste colectivo, esta conferência não consagra o princípio da verdade e da justiça, pelo que considera que a participação da comunidade Internacional nesta iniciativa poderia ser interpretada como uma "avalização" do processo.

Entre as personalidades particularmente visadas por essas críticas, encontra-se Joseph Mutaboba, Representante do Secretário-Geral da ONU em Bissau. Ao acusá-lo de ser parcial neste processo, os partidos de oposição referem que "Joseph Mutaboba deveria garantir a participação de todos" na Conferência de Reconciliação.

Neste contexto, o Colectivo dos Partidos de Oposição Democrática anuncia a realização de uma marcha pacífica em Janeiro para protestar contra "a legalização da impunidade reinante na Guiné-Bissau", conforme disse à RFI Fernando Vaz, porta-voz do colectivo.
 

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Fernando Vaz, porta-voz do Colectivo da Oposição Democrática