Confrontos entre exército e rebeldes causam 200 mortos no Sul do Sudão
Pelo menos 200 pessoas morreram na última semana no Sul do Sudão, durante confrontos entre o exército e rebeldes, confirmaram esta Terça-Feira as autoridades oficias.
Publicado em:
Um balanço duas vezes mais importante que o anunciado na Sexta-Feira (105 mortos), pelo braço militar do Movimento Popular para a Libertação do Sudão (SPLM), ex-rebeldes agora na direcção do exército da região do Sul-Sudão.
"Havíamos perdido 197 dos nossos em Fangak, na região de Jonglei, durante os ataques odiosos levados a cabo pelas forças de George Athor contra uma população civil sem defesa", declarou Pagan Amum, secretário-geral do SPLM. "Foi um massacre", afirmou.
A 9 de Fevereiro, as tropas leais ao general renegado, George Athor, haviam atacado os soldados da SPLA, desrespeitando um "cessar-fogo" assinado há um mês entre o exército sulista e Athor.
Athor, ex-alta patente da SPLA, foi para a rebelião depois de ter perdido o posto de governador do Estado de Jonglei, nas eleições de Abril.
O porta-voz do exército sulista confirmou um aumento do balanço, precisando haver muito mais vítimas civis que as inicialmente estimadas, sem se registar mais confrontos desde o fim dos combates a 10 de Fevereiro.
Um porta-voz do exército sulista fez estado igualmente de uma trintena de mortos do lado dos homens de Athor.
Esses ataques continuam um mês após o referendo sobre a independência do Sul-Sudão. Com 98,83 porcento dos votos para o sim, a região deve definir um Estado independente até Julho.
O Padre José Vieira, director de informação da cadeia de rádios católicas do Sudão, comenta estes últimos acontecimentos, e alega que ainda vai ser necessário bastante tempo para que a sociedade sudanesa do sul diminua os seus índices enraizados de violência.
Padre José Vieira, entrevistado por André Ferreira
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro