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Moçambique

Moçambique começou a julgar Almerindo Manhenje

Começou, esta terça-feira, em Maputo, o julgamento do ex-ministro do Interior Almerino Manhenje. O ex-governante é acusado de ter desviado fundos do Estado, num total de seis milhões de euros. O crime remonta à altura em que na cadeira da Presidência estava sentado Joaquim Chissano.

Almerindo Manhenje começou a ser julgado pela Justiça moçambicana
Almerindo Manhenje começou a ser julgado pela Justiça moçambicana Frachet / Wikipédia
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O ex-ministro do Interior é acusado de desvio de fundos do Estado, num total de seis milhões de euros, entre 1996 e 2005. O desvio terá sido o resultado de um esquema de pagamento de salários para mais de 70 funcionários "fantasmas" do Ministério do Interior. Supostamente, este esquema teve a autoria de Almerindo Manhenje e outros dois ex-colaboradores diretos da tutela. São eles, Rosário Carlos Fidelis e Álvaro Nuno de Carvalho, dois coarguidos neste mesmo processo.

O caso veio a público quando José Pacheco chegou à pasta do Interior. O sucessor de Manhenje encomendou uma auditoria interna e detetou um desfalque de seis milhões de euros. A mesma investigação, também, constatou a existência de sobrefaturação nos recibos referentes a aquisições que eram feitas, maioritariamente sem a autorização do Tribunal Administrativo.

Sublinha-se, por fim, que Almerino Manheje, Rosário Carlos Fidelis e Álvaro Nuno de Carvalho ja haviam sido detidos, devido a este caso, durante mais de um ano. Os três foram libertados em Fevereiro passado, após o pagamento de uma caução fixada em sete mil euros.

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Lourenço Malia, advogado de defesa de Almerindo Manhenje

O dia ficou ainda marcado pela leitura da sentença de um dos casos mais mediáticos em Moçambique. Orlando Comé, ex-diretor geral do Centro de Processamento de Dados (CPD), foi condenado a 12 anos de prisão, pelo crime de abuso de confiança na forma continuada. Orlando Comé era acusado de ter roubado a instituição ao longo de 20 anos, num total de 4,6 milhões de meticais (98,5 mil euros).

Para além do ex-diretor geral do CPD foi igualmente condenado por cumplicidade a doze anos de prisão, Manuel Vilanculos, que na altura ocupava o cargo de chefe do Departamento de Administração e Finanças do CPD.

Com a colaboração do nosso correspondente em Maputo, Orfeu Lisboa.

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