Guiné Conacry decreta estado de emergência
A Guiné Conacri está em estado de emergência. A resolução foi tomada pelo presidente de transição, o General Sekouba konaté, e anunciada via televisão por um porta-voz da presidência . A decisão segue-se a atos de violência político étnicos que já provocaram a morte a sete pessoas
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A decisão segue-se a atos de violência político étnicos relacionados com o anúncio dos resultados provisórios da segunda volta das presidenciais, ganha pelo opositor histórico Alpha Condé com 52,5 por cento dos votos contra 47,5 por cento do antigo primeiro-ministro Cellou Dalein Diallo.
A violência voltou a sair à rua, ontem, registaram-se confrontos em alguns bairros de Conacri, que tiveram como resultado a morte de mais três pessoas. Assim sendo, desde o anúncio dos resultados provisórios oficiais, por parte da Comissão Eleitoral Nacional Independente, sete pessoas já perderam a vida.
Recorde-se, que já a campanha foi marcada por tensões étnicas entre os apoiantes de Diallo, na sua maioria da etnia peul, à sua semelhança, e os de Conde, da étnica malinka.
Entretanto, quase como uma forma de acalmar os ânimos Alpha Condé, o candidato vencedor destas presidenciais, já veio a publico propor a criação de um governo de Unidade Nacional. O opositor histórico dos sucessivos regimes de Conacri, voltou assim a estender a mão ao seu adversário Cellou Dalein Diallo.
No que concerne à intenção de Alpha Condé, a aliança de Diallo não fecha a porta. Membros influentes da coligação já admitiram que para o bem do país, estariam dispostos a trabalhar sobre a orientação de Alpha Condé.
De salientar, porém, que do lado do candidato derrotado, os resultados ainda não foram totalmente aceites. Alguns acreditam que o Supremo Tribunal irá inverter a tendência, depois de analisar as alegadas acusações de fraude cometidas durante o escrutínio.
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