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Guiné-Bissau

Segurança atrasa libertação do antigo chefe das Forças Armadas da Guiné-Bissau

A integridade física do antigo chefe das Forças Armadas da Guiné-Bissau, almirante Zamora Induta, está a atrasar a sua libertação. A defesa de Zamora Induta aguarda que as instâncias judiciais guineenses destaquem elementos das Forças Armadas para garantir a segurança do almirante.

Antigo chefe das Forças Armadas da Guiné Bissau, José Zamora Induta.
Antigo chefe das Forças Armadas da Guiné Bissau, José Zamora Induta. AFP
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A integridade física do antigo chefe das Forças Armadas da Guiné-Bissau, almirante Zamora Induta, está a atrasar a sua libertação. A defesa de Zamora Induta aguarda que as instâncias judiciais guineenses destaquem elementos das Forças Armadas para garantir a segurança do almirante.

O anúncio da eventual libertação do antigo chefe das Forças Armadas da Guiné-Bissau, almirante Zamora Induta, foi feito na sequência de um despacho do Tribunal Militar Superior. No início deste mês, a instância considerou não haver motivos para manter a prisão preventiva e decidiu aplicar ao almirante uma outra medida de coação menos gravosa que é a obrigação de permanência no país.

De acordo com o advogado de defesa, Floriberto Carvalho, a alteração da medida de coação «implica que Zamora Induta seja posto em liberdade e possa regressar a casa». O problema é que a casa do almirante «foi vandalizada e os homens que garantiam a sua segurança deixaram de lá estar».
Neste momento, a defesa aguarda que o Tribunal Militar Superior proceda ao destacamento de elementos das Forças Armadas para garantirem a integridade física do almirante Zamora Induta.

01:27

Floriberto Carvalho, advogado de defesa do Almirante Zamora Induta

 

O antigo chefe das Forças Armadas da Guiné-Bissau, almirante Zamora Induta, foi detido a 1 de Abril deste ano, na sequência de uma intervenção militar liderada pelo atual chefe das Forças Armadas do país, major general Antonio Indjai, que acusou o seu antecessor de abuso de poder.
Esta tentativa de golpe de estado além de ter à chefia o atual chefe das Forças Armadas do país tinha, também, na liderança o contra almirante Bubu Na Tchuto.

A notícia da possível libertação de Zamora Induta, ocorreu pouco tempo depois do Presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá, sob proposta do Governo, ter nomeado o contra-almirante Bubu Na Tchuto chefe do Estado-Maior da Armada.

Em entrevista à RFI, Luís Vaz Martins, Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos disse que a libertação de Zamora Induta pode ter a ver com uma «decisão de conveniência do momento». Luís Vaz Martins acrescenta, ainda, que esta libertação já devia ter acontecido, até porque «nenhum dos requisitos usados como justificação da detenção de Zamora Induta foi verificado».

01:32

Luis Vaz Martins, presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos

 

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