Moçambique continua sob forte pressão policial
A capital moçambicana, Maputo, acordou pelo segundo dia consecutivo num cenário de tumultos e violência. Lembramos que na origem destes confrontos está o aumento do preço da água e da eletricidade e por consequente o aumento generalizado do custo de vida.
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As barricadas de pneus a arder deixam patente o sentimento de revolta dos manifestantes, do outro lado esta a polícia com ordens para atirar. O acesso ao centro da cidade só é possível através de escolta policial, o que deixou a cidade completamente paralisada. Os serviços e o comércio estão encerrados e existem zonas sem energia e as redes telefónicas começam a falhar. Os prejuízos decorrentes das manifestações estão já estimados em 122 milhões de meticais, ou seja, 2,5 milhões de euros.
No entanto e apesar do cenário não ser o mais otimista, o governo reuniu, esta quinta-feira, em conselho de ministro e decidiu não ceder às reivindicações dos manifestantes, porém apelou à calma da população.
Orfeu Lisboa, o nosso correspondente em Maputo ouviu Alberto Nkutumula, o porta-voz do governo de Moçambique, que condenou os atos de vandalismo.
Alberto Nkutumula, porta voz do governo de Moçambique
Já António Machunga, membro da Renamo, partido da oposição, e do Conselho de Estado de Moçambique afirma que “o governo teve conhecimento da manifestação através de uma mensagem via telemóvel, mas não tomou as devidas medidas”.
António Muchunga, membro da Renamo e do Conselho de Estado de Moçambique
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