União Europeia não renova apoio militar à Guiné-Bissau
O Conselho da União Europeia (UE) decidiu não renovar o mandato da missão na Guiné-Bissau, que termina no próximo dia 30 de Setembro, devido à instabilidade política no país.
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Segundo um comunicado ontem divulgado pelo Conselho, “A instabilidade política e a falta de respeito pelo primado da lei no país impossibilitam que a UE prolongue a missão, como estava inicialmente previsto, sem comprometer os seus próprios princípios”.
A UE aponta ainda “a recente nomeação do general António Indjai para a chefia das Forças Armadas como mais um recuo no processo de consolidação democrática e confirma a falta de condições para o envio de uma nova missão” de apoio à reforma do setor da segurança.
A missão da UE na Guiné-Bissau foi criada pela presidência portuguesa da instituição e começou em Junho de 2008, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento de planos de reconstrução e redimensionamento das forças armadas e corpos policiais. Tinha um orçamento de 5,7 milhões de euros.
“Missao de estabilizaçao” internacional prevista
A decisão da União Europeia de não renovar o apoio militar à Guiné-Bissau, surge num momento em que a Guiné anunciou a disponibilidade para receber uma força de estabilização no país, proposta pela União Africana, Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), e a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
A presença de uma “missão de estabilização” é uma decisão do poder civil e foi tomada no domingo, numa reunião entre o Presidente Malan Bacai Sanhá e o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior. O objectivo é estabilizar a situação interna.
Ainda não é claro se a missão será militar, civil ou mista.
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