Angola não excluiu a intervenção militar para resolver as crises na Guiné-Bissau
Durante a Cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) em Luanda, no passado dia 23, o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, realçou que a prioridade seria o dialogo com Bissau, mas não excluiu nenhuma hipótese, inclusive a de intervenção militar, para resolver a questão das constantes crises político-militares naquele país.
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Nesta matéria Angola parece ter o apoio da CPLP. O secretário executivo da disse ontem que concorda com o presidente angolano sobre o eventual envio de uma força militar de intervenção para a Guiné-Bissau, no caso de um pedido explícito das autoridades guineenses.
“Não só concordo, como isso corresponde àquilo que vínhamos a dizer desde Abril de 2009”, declarou Domingos Simões Pereira, à margem do lançamento de um pacote de ferramentas linguísticas (Flip 8) da empresa Priberam, em Lisboa.
Já o Presidente de Cabo-Verde, Pedro Pires, defendeu ontem em Luanda, que a situação na Guiné-Bissau deve ser tratada com “pragmatismo e cautela” e sempre em “consenso com as autoridades legítimas”. Proveniente do Uganda, onde participou na Cimeira da União Africana, Pedro Pires alertou para as particularidades guineenses.
O Chefe de Estado cabo-verdiano, que comparou a Guiné-Bissau a “um terreno extremamente movediço”, disse estar esperançado que se encontre uma solução para a situação daquele país, que se pode alcançar através de “um trabalho sério com os guineenses”.
O Presidente cabo-verdiano foi claro ao defender que “não se deve mandar fazer uma intervenção num país qualquer ignorando a posição das autoridades legítimas”.
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