União Africana discute saúde materna, neonatal e infantil

Desde domingo que, em Kampala, estão reunidos os governantes de todo o continente africano. A 15° Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da União Africana decorre sob o lema da saúde materna, neonatal e infantil. O envio de tropas para a Somália, o pedido do Tribunal Penal Internacional para a abertura de uma secção no continente africano e o impasse em Madagáscar são questões que, também, vão estar em cima da mesa.

O presidente da Comissão da União Africana, Jean Ping, acena durante sua chegada a Kampala, capital de Uganda. Reuters

A abertura da cimeira coube a Jean Ping, o presidente da Comissão da União Africana (UA), que aos presentes relembrou que as condições de paz e segurança no continente africano, ainda, são frágeis. Jean Ping, aproveitou o tempo de antena, para pedir mais envolvimento e mais esforço na promoção da estabilidade e do desenvolvimento africano.
A questão da Somália, não foi posta de lado, o presidente da UA, sublinhou o empenho do governo transitório na conciliação nacional mas, mesmo assim, o país continua submerso numa situação deveras preocupante. Facto pelo qual a missão de manutenção da UA na região enfrenta inúmeros desafios e, neste sentido, a Cimeira da UA vai decidir o eventual envio de mais tropas para auxiliar o governo somali.

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Paulo Garrido

A Saúde materna, neonatal e infantil é a grande temática do encontro. Uma em cada 16 mulheres morre em África a dar à luz, em condições facilmente evitáveis. Um número preocupante que os governantes do continente africano querem reduzir.
O presidente da UA, foi perentório nas palavras: a taxa de mortalidade materna e neonatal em África é mais elevada que o número de vítimas de uma guerra.

Recorde-se que o tema central desta Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da UA foi proposto pelo presidente moçambicano, Armando Guebuza.