Na Guiné-Bissau, o general António Indjai tomou posse do cargo de CEMGFA
O general António Indjai tomou hoje posse do cargo de chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) da Guiné-Bissau. O Presidente guineense Malam Bacai Sanhá especificou que a sua decisão sobre esta nomeação foi “soberana”.
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No dia em que foi empossado no cargo de Chefe das Forças Armadas guineenses, António Indjai recebeu das mãos do Presidente Malam Bacai Sanhá a patente de tenente-general, ou seja, primeiro foi promovido e depois foi conferido posse.
Indjai não falou à imprensa. Quem falou foi o Presidente Malam Bacai Sanhá. O Presidente guineense, como que respondendo às dúvidas e críticas da comunidade internacional, disse que a nomeação de Antonio Indjai “É um acto de soberania e que foi tomada dentro dos parâmetros previstos nas leis da Guiné-Bissau”.
A ONU, através da sua comissão pela consolidação da paz na Guiné-Bissau, considerou que a nomeação de Antonio Indjai demonstra que o governo de Bissau não tem independência para decidir no que diz respeito aos assuntos militares. As dúvidas da ONU juntam-se às críticas da União Europeia e dos Estados Unidos da América que condicionaram os apoios ao processo de reforma nas Forças Armadas, caso Indjai fosse nomeado.
Para o Presidente Malam Bacai Sanhá, a nomeação de Antonio Indjai foi decidida pelos órgãos soberanos e legítimos do Estado da Guiné-Bissau. Bacai Sanhá lembrou que “É sua tarefa, enquanto Presidente, trabalhar para que o país não se desintegre como um Estado e que jamais estaria de acordo com qualquer indício nesse sentido”.
Ao novo Chefe das Forças Armadas, o Presidente pediu trabalho, coragem e muita força para devolver a paz à Guiné-Bissau. Malam BAcai Sanhá disse que “Os guineenses já estão cansados de tanta confusão”, e por isso, pediu aos militares que resolvam os seus problemas com o diálogo e se for preciso que falem com o Presidente da Republica.
O primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior esteve presente na cerimónia mas não prestou qualquer declaração aos jornalistas.
Com o nosso correspondente em Bissau, Mussa Baldé
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