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Guiné-Bissau

Gabinete de Carlos Gomes Júnior desmente a sua alegada demissão

O desmentido publicado na segunda-feira em Bissau pelo gabinete do primeiro ministro negando a sua alegada demissão, não pôs termo aos rumores. 

Da esquerda para direita: O Presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá e o Primeiro Ministro Carlos Gomes Júnior.
Da esquerda para direita: O Presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá e o Primeiro Ministro Carlos Gomes Júnior. RFI/ Reuters
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Em comunicado, o gabinete do primeiro ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, considera falsas, infundadas e surpreendentes as notícias que têm circulado, no sentido de que este teria pedido a sua demissão, na sequência do encontro que teve lugar no sábado passado em Paris, em torno do presidente Malam Bacai Sanhá e do primeiro ministro Carlos Gomes Júnior, na presença do Presidente Pedro Pires de Cabo Verde.

Uma nota de imprensa da presidência guineense afirma que o encontro decorreu em "ambiente de franca cordialidade".

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Mussa Baldé, correspondente da RFI na Guiné-Bissau 7/06/2010

O presidente e o primeiro ministro guineenses estão ausentes do país, mas o bureau político do PAIGC partido no poder e ao qual ambos pertencem, reiterou solidariedade e confiança no seu presidente : Carlos Gomes Júnior.

Em declarações à imprensa antes da sua visita oficial a Portugal entre 8 e 13 de junho, o primeiro ministro cabo-verdiano José Maria Neves, afirmou que a seguir à cimeira CEDEAO com o Brasil no inicio de julho, o arquipélago vai acolher uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros da CPLP dedicada exclusivamente à última crise político-militar na Guiné-Bissau, desencadeada no passado dia 1 de abril, e que culminou na prisão durante algumas horas do primeiro ministro e na detenção do CEMFA almirante José Zamora Induta, que até hoje continua sob custódia militar no quartel de Mansoa.

O secretário executivo da CPLP, o diplomata guineense Domingos Simões Pereira, reconheceu que a situação na Guiné é muito complexa, mas pede paciência e união entre os países lusófonos para encontrarem uma solução plausível para esta crise, que segundo o Movimento da Sociedade Civil da Guiné-Bissau está a ser marcada por sinais evidentes de dificuldades de relacionamento institucional entre a Presidência da República e a o Gabinete do Primeiro Ministro, ambiguidades na liderança das Forças Armadas e incerteza sobre o futuro do governo.

Na sequência deste comunicado o presidente do Movimento da Sociedade Civil, Carlos Gomes, em carta dirigida à directora-geral da Polícia Judiciária, ao Procurador Geral da República e à imprensa, afirma que tem recebido ameaças de morte.

 O presidente Malam Bacai Sanhá regressou a Bissau dia 9 de junho e afirmou aos jornalistas que Carlos Gomes Júnior, em tratamento médico em Lisboa, regressaria ao país como primeiro ministro.

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