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Acidente/Argentina

Corpos das vítimas da colisão de helicópteros na Argentina aguardam reconhecimento

A identificação e a posterior entrega de todos os corpos das vítimas do acidente que matou dez pessoas na província de La Rioja na terça-feira (10) ainda deve demorar. Os corpos carbonizados estão irreconhecíveis e serão necessários exames de DNA ou reconhecimento dentário. Os peritos e os investigadores franceses chegaram ao local no final da tarde desta quarta-feira (11).

Especialistas franceses investigam os motivos do acidente aéreo envolvendo dois helicópteros durante gravação do reality show  "Dropped" na província de La Rioja, na Argentina.
Especialistas franceses investigam os motivos do acidente aéreo envolvendo dois helicópteros durante gravação do reality show "Dropped" na província de La Rioja, na Argentina. REUTERS/Reuters TV
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Márcio Resende, correspondente da RFI em Buenos Aires

Para que o reconhecimento das vítimas seja feito, é preciso que a França envie as cópias das fichas dentárias ou material genético de parentes diretos. Alguns corpos não têm impressões digitais, couro cabeludo ou todos os dentes, tamanho o impacto, seguido de explosão e horas sob o fogo. Depois de identificados, os restos mortais serão entregues às famílias e repatriados.

Os peritos e os investigadores franceses chegaram à província de La Rioja no final da tarde desta quarta-feira. Mesmo que as vítimas não fossem francesas e que a França não investigasse a morte por acidente de seus cidadãos, os técnicos franceses da Airbus, fabricante dos helicópteros que colidiram, e da Turbomeca, fabricante das turbinas, participariam das investigações na Argentina, conforme regra argentina de contar com a colaboração dos fabricantes nas investigações.

Os franceses somam-se agora aos trabalhos dos peritos argentinos da Junta de Investigação de Acidentes Aéreos da Aviação Civil que passaram as últimas 24 horas no local do acidente. Eles analisam as fuselagens retorcidas dos dois helicópteros, embora de um deles praticamente não reste mais nada a não ser cinzas.

Falha mecânica é "impossível"

O diretor de Aeronáutica da província de La Rioja, Daniel Gokich, considerou simplesmente impossível que o choque aéreo a 100 metros de altura tenha sido por "falha mecânica". A hipótese que mais ganha força é a de erro humano. E entre uma eventual falha na comunicação entre os pilotos dos dois helicópteros e uma mera, mas fatal distração, a balança se inclina para uma distração de um dos pilotos assim que decolou.

Mas não há como conhecer a comunicação entre os pilotos nem dados prévios ao acidente já que os helicópteros não possuem uma "caixa preta" como os aviões comerciais. Os dois pilotos argentinos tinham vasta experiência. Um era aposentado da Força Aérea e veterano da Guerra das Malvinas. O outro, capitão formado pela escola de aviação do Exército.

Dez vítimas

Na tragédia, morreram, além dos dois pilotos argentinos, oito franceses que participavam do reality show "Dropped", produzido pela emissora TF1. Entre as vítimas francesas, uma mítica velejadora, uma campeã de natação e um boxeador olímpico. Os demais, eram cinegrafistas e produtores.

 

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